1. O gênero humano, após sua miserável queda , o criador e doador dos dons celestes, “pela inveja do demônio,” separou-se em duas partes diferentes e opostas, das quais uma resolutamente luta pela verdade e virtude, e a outra por aquelas coisas que são contrárias à virtude e à verdade. Uma é o reino de deus na terra, especificamente, a verdadeira igreja de jesus cristo; e aqueles que desejam em seus corações estar unidos a ela, de modo a receber a salvação, devem necessariamente servir a deus e seu único filho com toda a sua mente e com um desejo completo. A outra é o reino de satanás, em cuja possessão e controle estão todos e quaisquer que Sigam o exemplo fatal de seu líder e de nossos primeiros pais, aqueles que se recusam a obedecer à lei divina e eterna, e que têm muitos objetivos próprios em desprezo a deus, e também muitos objetivos contra deus.
2. Este reino dividido sto. Agostinho penetrantemente discerniu e descreveu ao modo de duas cidades, contrárias em suas leis porque lutando por objetivos contrários; e com sutil brevidade ele expressou a
causa eficiente de cada uma nessas palavras: “dois amores formaram duas cidades: o amor de si mesmo, atingindo até o desprezo de deus, uma cidade terrena; e o amor de deus, atingindo até o desprezo de si mesmo, uma cidade celestial.” [1] em cada período do tempo uma tem estado em conflito com a outra, com uma variedade e multiplicidade de armas e de batalhas, embora nem sempre com igual ardor e assalto. Nesta época, entretanto, os partisans (guerrilheiros) do mal parecem estar se reunindo, e estar combatendo com veemência unida, liderados ou auxiliados por aquela sociedade fortemente organizada e difundida chamada os maçons. Não mais fazendo qualquer segredo de seus propósitos, eles estão agora abruptamente levantando-se contra o próprio deus. Eles estão planejando a destruição da santa igreja publicamente e abertamente, e isso com o propósito estabelecido de despojar completamente as nações da cristandade, se isso fosse possível, das bênçãos obtidas para nós através de jesus cristo nosso salvador. Lamentando estes males, nós
Somos constrangidos pela caridade que urge nosso coração a clamar freqüentemente a deus: “ó deus, eis que teus inimigos se agitam; e os que te odeiam levantaram as suas cabeças. Eles tramam um plano contra teu povo, e conspiram contra teus santos. Eles disseram: ‘vinde, destruamo-nos, de modo que eles não sejam uma nação’.” [2]
3. Em uma crise tão urgente, quando tão feroz e tão forte assalto é feito sobre o nome cristão, é nosso ofício apontar o perigo, marcar quem são os adversários, e no máximo de nosso poder fazer uma barreira contra seus planos e procedimentos, para que não pereçam aqueles cuja salvação está confiada a nós, e para que o reino de jesus cristo confiado a nosso encargo possa não só permanecer de pé e inteiro, mas possa ser alargado por um crescimento cada vez maior através do mundo.
4. Os pontífices romanos nossos predecessores, em sua incessante vigilância pela segurança do povo cristão, foram rápidos em detectar a presença e o propósito desse inimigo capital tão logo ele saltou para a luz ao invés de esconder-se como uma tenebrosa conspiração; e, além disso, eles aproveitaram e tomaram providências, pois a eles isso competia, e não permitiram a si mesmos serem tomados pelos estratagemas e armadilhas armadas para enganá-los.
5. A primeira advertência do perigo foi dada por clemente xii no ano de 1738 [3], e sua constituição foi confirmada e renovada por bento xiv[4]. Pio vii seguiu o mesmo caminho [5]; e leão XII, por sua constituição apostólica, quo graviora[6], juntou os atos e decretos dos pontífices anteriores sobre o assunto, e os ratificou e confirmou para sempre. No mesmo sentido pronunciou-se pio VIII [7], Gregório xvi [8], e, muitas vezes, pioIX [9].
6. Tão logo a constituição e o espírito da seita maçônica foram claramente descobertos por manifestos sinais de suas ações, pela investigação de suas causas, pela publicação de suas leis, e de seus ritos e comentários, com a freqüente adição do testemunho pessoal daqueles que estiveram no segredo, esta sé apostólica denunciou a seita dos maçons, e publicamente declarou sua constituição, como contrária à lei e ao direito, perniciosa tanto à cristandade como ao estado; e proibiu qualquer um de entrar na sociedade, sob as penas que a igreja costuma infligir sobre as pessoas excepcionalmente culpadas. Os sectários, indignados por isto, pensando em Iludir ou diminuir a força destes decretos, parcialmente por desprezo, e parcialmente por calúnia, acusaram os soberanos pontífices que os passaram ou de exceder os limites da moderação em seus decretos ou de decretar o que não era justo. Este foi o modo pelo qual eles esforçaram-se para iludir a autoridade e o peso das constituições apostólicas de clemente XII e bento XIV, e também de pio VII e pio IX[10]. Entretanto, na própria sociedade, encontraram-se homens que relutantemente concordaram que os pontífices romanos tinham agido dentro de seu direito, de acordo com a doutrina e disciplina católicas. Os pontífices receberam a mesma concordância, em termos fortes, de muitos príncipes e chefes de governo, que tomaram como um dever ou delatar a sociedade maçônica à sé apostólica, ou por seu próprio acordo por leis específicas declará-la perniciosa, como, por exemplo, na Holanda, áustria, suíça, espanha, bavária, savóia, e outras partes da itália
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